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Casa de criadora do Diário de Classe é apedrejada

Parece até mesmo que a notícia vem lá do Paquistão, mas aconteceu aqui no Brasil, mais precisamente em Florianópolis. A casa de Isadora Faber, 13 anos, criadora da página no Facebook Diário de Classe, teve sua casa apedrejada na noite da última segunda-feira (05/11). A avó da garota, de 65 anos que sofre de uma doença degenerativa, estava na varanda de casa quando o ataque aconteceu. Uma pedra acertou a cabeça da senhora, que foi levada ao hospital e liberada após uma série de exames.

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Na tarde de terça-feira (06/11) a mãe de Isadora foi até a delegacia e registrou dois boletins de ocorrência. A suspeita é de que um homem, que foi citado em posts de Isadora, tenha feito os ataques. Esse mesmo homem já havia ameaçado o pai da garota com uma arma, na frente da escola em que ela estuda.

Além de Isadora, segundo relatos da mesma, outros alunos também estão sendo constantemente ameaçados. A garota publicou recentemente um boletim de ocorrência registrado pela família de um colega.

Sobre sua casa ser apedrejada, Isadora relatou o seguinte:

“Ontem a noite, teve uma chuva de pedras em casa, uma delas atingiu minha vó de 65 anos que sofre de uma doença degenerativa. Meus pais tomaram as providências e hoje levaram minha vó para fazer exames e para a polícia. Lá eles fizeram os exames de perícia, agora ela esta em tratamento. Incrível como tem gente ignorante, gente que não tem mínimo de decência. Alguns coitados pensam que são donos de tudo e da verdade, pensam que podem nos intimidar, mas não vão conseguir. Meus pais são gaúchos mas moram aqui a 17 anos, temos casa própria e eu nasci aqui, sou mané da Carmela Dutra, não iremos sair de nossa casa. Xenofobia é crime e já esta sendo investigado. Olhem como ficou o rosto da minha vó… a coitada nem sai de casa e foi a que sofreu as consequências dessa barbaridade, mas temos nossas desconfianças de quem é capaz dessa barbaridade.”

O diário foi criado por Isadora e uma amiga para relatar problemas de infraestrutura e também de aprendizagem na escola, mas a outra garota decidiu de distanciar do projeto logo no início. O blog foi criado em 11 de julho e em poucos dias já tinha milhares de fãs. A repercussão da página foi tanta que a garota e sua família começaram a sofrer represálias de colegas de escola e até mesmo funcionários do colégio Maria Tomázia Coelho.

A polícia está investigando o caso e ainda não apontou nenhum suspeito.